O Ensaio Socioperceptivo é a percepção que brota a partir da dificuldade que, as leituras formais de perspectiva racionais, encontram ao tentar compreender a realidade de um espaço sociocultural. Esta percepção (sócioperceptiva) parte da visão da realidade baseada no instrumental de sobrevivência que todo elemento do universo tem; sensores corporais e memória genética. Esta relação baseia-se na consciência do estado de inter-relação e interdependência essencial de todos os fenômenos- físicos, biológicos, psicológicos, sociais e culturais. Essa visão transcende as atuais fronteiras disciplinares e conceituais e será explorada no âmbito de novas perspectivas que trabalhe na ótica da: visão sistêmica. A concepção sistêmica, vê o mundo numa perspectiva de relações e de integração, valorizando o todo e suas relações com as partes que o constituem. Sendo assim, o todo é o resultado de sua interação com seus constituintes e não a soma deles.
Um sistema é um complexo de elementos em interações interdependentes que organizam um todo e que tem funcionamento próprio. Nessa perspectiva, nas situações- problema vivenciado pela comunidade, cada indivíduo faz parte do problema, como também constitui parte da sua solução. Os problemas são sistêmicos, isto é, estão interligados e são interdependentes. Não podemos compreendê-los no âmbito de uma metodologia fragmentada.
O homem não é uma dualidade. Não existe nenhuma muralha que separe sua parte humana de sua parte animal, pois o ser humano é uma totalidade bio-psicosocial e espiritual. A visão unificada da matéria e da vida nos diz que todos os sistemas estão em mútua interação e formam uma totalidade intrínseca. Hoje se fala em uma crise de identidade, uma vez que a pós-modernidade traz como característica a diversidade, a multiplicidade de identidades. Porém a produção de identidades continua estando em foco nas relações de dominação. Podemos ter diferentes identidades, desde que elas já estejam pré-determinadas, desde que elas já tenham sido normatizadas, aceitas. O controle continua vigorando plenamente, talvez ainda mais poderoso, já que estamos vivendo uma certa ilusão de liberdade. Acreditamos na possibilidade de livres escolhas, enquanto, na verdade, optamos entre alternativas pré-determinadas. Vivemos na era da falsa inclusão do individuo. A idéia é incluir qualquer coisa, depois analisar o que realmente interessa ao mercado globalizado que continue existindo: o que interessar se transforma em modelo de identidade, desejo de consumo. Várias identidades que atendem ao mercado capitalista globalizado são produzidas; desta forma, identidades são colocadas nas prateleiras e podemos “escolher” aquelas que mais nos “agradam” dentro de um campo de possíveis política e economicamente pré-determinados.
Esta proposta de ensaio foi amadurecida nas vivencias dos diagnósticos etnoecológicos, em diversos espaços de comunidades indígenas brasileira e, em espaços como: Universidade Católica do Rio de Janeiro(entre 1988 e 2000 – registro no Documentário: Filme 174) e, clínicas para portadores de transtornos psíquicos, no Recife (desde 1997).Dentro destas propostas, excetuando os espaços indígenas, a capoeira, associada, a ritmos socioculturais locais, organizava o espaço oficina socioperceptivas. .E, este espaço oficina, associado a este segmento social(portadores de transtornos psíquicos), foi o mais importante espaço de ensaio, dentro da edificação do projeto.
O Ensaio Socioperceptivo se encontra sendo desenvolvido, no momento, em dois projetos que tem o Sanatório Recife(Recife PE./Brasil), como o espaço de atuação piloto.
Um sistema é um complexo de elementos em interações interdependentes que organizam um todo e que tem funcionamento próprio. Nessa perspectiva, nas situações- problema vivenciado pela comunidade, cada indivíduo faz parte do problema, como também constitui parte da sua solução. Os problemas são sistêmicos, isto é, estão interligados e são interdependentes. Não podemos compreendê-los no âmbito de uma metodologia fragmentada.
O homem não é uma dualidade. Não existe nenhuma muralha que separe sua parte humana de sua parte animal, pois o ser humano é uma totalidade bio-psicosocial e espiritual. A visão unificada da matéria e da vida nos diz que todos os sistemas estão em mútua interação e formam uma totalidade intrínseca. Hoje se fala em uma crise de identidade, uma vez que a pós-modernidade traz como característica a diversidade, a multiplicidade de identidades. Porém a produção de identidades continua estando em foco nas relações de dominação. Podemos ter diferentes identidades, desde que elas já estejam pré-determinadas, desde que elas já tenham sido normatizadas, aceitas. O controle continua vigorando plenamente, talvez ainda mais poderoso, já que estamos vivendo uma certa ilusão de liberdade. Acreditamos na possibilidade de livres escolhas, enquanto, na verdade, optamos entre alternativas pré-determinadas. Vivemos na era da falsa inclusão do individuo. A idéia é incluir qualquer coisa, depois analisar o que realmente interessa ao mercado globalizado que continue existindo: o que interessar se transforma em modelo de identidade, desejo de consumo. Várias identidades que atendem ao mercado capitalista globalizado são produzidas; desta forma, identidades são colocadas nas prateleiras e podemos “escolher” aquelas que mais nos “agradam” dentro de um campo de possíveis política e economicamente pré-determinados.
Esta proposta de ensaio foi amadurecida nas vivencias dos diagnósticos etnoecológicos, em diversos espaços de comunidades indígenas brasileira e, em espaços como: Universidade Católica do Rio de Janeiro(entre 1988 e 2000 – registro no Documentário: Filme 174) e, clínicas para portadores de transtornos psíquicos, no Recife (desde 1997).Dentro destas propostas, excetuando os espaços indígenas, a capoeira, associada, a ritmos socioculturais locais, organizava o espaço oficina socioperceptivas. .E, este espaço oficina, associado a este segmento social(portadores de transtornos psíquicos), foi o mais importante espaço de ensaio, dentro da edificação do projeto.
O Ensaio Socioperceptivo se encontra sendo desenvolvido, no momento, em dois projetos que tem o Sanatório Recife(Recife PE./Brasil), como o espaço de atuação piloto.
Projetos do Ensaio Socioperceptivo
Oficina de Capoeira e Percussão numa Perspectiva socioinclusiva
e
Embolada Pernambucana
Projeto “Oficina de Capoeira e Percussão numa Perspectiva socioinclusiva”
É desenvolvido dentro da filosofia do Ensaio Socioperceptivo e é voltado para inclusão sociocultural do indivíduo de portadores de transtorno psíquicos e organizado para participar do edital do Funcultura 2010, sendo premiado e em execução no NAPPE(Núcleo de Atenção Psíquico Social de Pernambuco), sob a Coordenação da Psicóloga Flavia Jordão da Silveira e Supervisionado pelo geógrafo e Mestre de Capoeira Gil Velho.
No, momento, por uma necessidade de responder a espaços, mais representativos, contendo maior diversidade de indivíduos em situação risco social, esta proposta é estendida ao Sanatório Recife. O Sanatório é um espaço terapêutico de perspectiva mais caótica que o ambiente do NAPPE, com pacientes, em sua maioria, de grande risco social. Tendo pacientes portadores de transtornos psíquicos, como dependentes químicos e em sua maioria do crack, o que oferece um espaço de vivencia experimental perfeito para o amadurecimento do Ensaio Socioperceptivo.
Projeto “Embolada Pernambucana”
O Projeto Embolada Pernambucana tem como proposta básica realizar o resgate identitário e territorial dos indivíduos, durante um (01) ano, com desenvolvimento em ensaios socioperceptivos, através da capoeira, na Região Metropolitana do Recife, com foco no público com 300 adolescentes e jovens usuário de crack e/ ou outras drogas, que se encontra em situação de risco social. Esta atividade vai ser desenvolvida nos núcleos da Rede Estadual de Enfrentamento ao Crack – Governo de Pernambuco. Estes ensaios além do resgate identitário,visa capacitar agentes multiplicadores culturais, para a continuidade e sustentabilidade da proposta. Como núcleo experimental foi escolhido o Sanatório Recife, por possuir um número significativo de pacientes dependentes químicos e em simultâneo, possibilitar juntar as duas propostas de trabalho de ensaio sócio perceptivo numa só.
Ensaio socioperceptivo no Sanatório Recife
No, momento, por uma necessidade de responder a espaços, mais representativos, contendo maior diversidade de indivíduos em situação risco social, esta proposta é estendida ao Sanatório Recife. O Sanatório é um espaço terapêutico de perspectiva mais caótica que o ambiente do NAPPE, com pacientes, em sua maioria, de grande risco social. Tendo pacientes portadores de transtornos psíquicos, como dependentes químicos e em sua maioria do crack, o que oferece um espaço de vivencia experimental perfeito para o amadurecimento do Ensaio Socioperceptivo.
Projeto “Embolada Pernambucana”
O Projeto Embolada Pernambucana tem como proposta básica realizar o resgate identitário e territorial dos indivíduos, durante um (01) ano, com desenvolvimento em ensaios socioperceptivos, através da capoeira, na Região Metropolitana do Recife, com foco no público com 300 adolescentes e jovens usuário de crack e/ ou outras drogas, que se encontra em situação de risco social. Esta atividade vai ser desenvolvida nos núcleos da Rede Estadual de Enfrentamento ao Crack – Governo de Pernambuco. Estes ensaios além do resgate identitário,visa capacitar agentes multiplicadores culturais, para a continuidade e sustentabilidade da proposta. Como núcleo experimental foi escolhido o Sanatório Recife, por possuir um número significativo de pacientes dependentes químicos e em simultâneo, possibilitar juntar as duas propostas de trabalho de ensaio sócio perceptivo numa só.
Ensaio socioperceptivo no Sanatório Recife
.O trabalho desenvolvido no Sanatório Recife é fruto das duas propostas de ação que estruturam os projetos “Embolada Pernambucana e Oficina de Capoeira e Percussão numa Perspectiva Socioinclusiva”, que se direcionam; para usuários de drogas e portadores de transtornos psíquicos. Sendo que a escolha do Sanatório Recife foi mostrada na vivencia do projeto Oficina de Capoeira e percussão,desenvolvida, no NAPPE, onde observou se
a necessidade de trabalhar em um contexto terapêutico com maior diversidade de patologia psíquicas, para potencializar a proposta de resgate identitário do ensaio socioperceptivo. E, em simultâneo, o Sanatório Recife contempla a ação do Projeto Embolada Pernambucana, pois metade dos pacientes, são internados por dependência química e com isto, também, abre para o Ensaio Socioperceptivo um núcleo piloto que amadurecerá a proposta direcionada aos núcleos da Rede Estadual de enfrentamento ao Crack.
a necessidade de trabalhar em um contexto terapêutico com maior diversidade de patologia psíquicas, para potencializar a proposta de resgate identitário do ensaio socioperceptivo. E, em simultâneo, o Sanatório Recife contempla a ação do Projeto Embolada Pernambucana, pois metade dos pacientes, são internados por dependência química e com isto, também, abre para o Ensaio Socioperceptivo um núcleo piloto que amadurecerá a proposta direcionada aos núcleos da Rede Estadual de enfrentamento ao Crack.
